DIFERENTES CONCEPÇÕES DE LÍNGUA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Maria Luiza M. S. Coroa – UnB
Ao iniciar o texto, a autora aborda reflexões significativas referentes ás discussões a respeito do processo ensino-aprendizagem de língua portuguesa, reflexões estas, acerca da natureza do objeto a ser ensinado nas escolas sob o rótulo de Língua Portuguesa.Segundo a autora, in Possenti e nos PCNs, para o ensino da língua ser bem sucedido, o professor deve mesclar teoria e prática, para assim direcionar o trabalho docente, reconhecendo que a língua, mais que uma estrutura, é um trabalho de construção de identidade através do texto como uma unidade de trabalho pedagógico e ainda, enfatiza a natureza da língua como atividade simbólica e dialógica, sendo então, o texto, um ponto de “encontro” das diversas habilidades que condizem a essa construção.Quanto à concepção de língua, a autora propõe uma retrospectiva histórica de como se dá o relacionamento entre o objeto língua portuguesa e o processo de ensino-aprendizagem que tem lugar em nossas escolas. E, destaca três “marcos” caracterizando-os assim:
1- à concepção de língua como estrutura correspondente, uma ênfase na unidade mórfica, a palavras;
2- à concepção de língua como comunicação correspondente, uma ênfase na mensagem construída e estruturada pela sentença;
3- à concepção de língua como interação ou atuação social correspondente, uma ênfase na unidade texto, construída e estruturada por sentenças.
Diante disso, fica claro que para a autora, essa classificação vem a gerar problemas como, simplificação de tomar o texto como uma mera ampliação da extensão da sentença, ou da importância do contexto para o ensino da língua materna com ênfase no texto e afirma, contexto é um elemento adicionado, ainda sem participação ativa na construção lingüística, por outro lado, em uma concepção interativa de linguagem, o contexto é fator integrante da construção de sentido. Assim, para a autora, o texto, por sua vez, não é apenas uma unidade linear, uma seqüência de sentenças compostas de palavras, mas um entrecruzamento histórico de coesão interna e exterioridade textual
CURSO-OLP: ESCREVENDO O FUTUIRO
Há 12 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário